Quantos de nós falamos palavras com energia negativa diariamente? Chateados, enraivados, com ódio, ou furiosos, em circunstâncias ruins e, mesmo nas mais agradáveis, nos apegamos aos estigmas negativos que nos rodeiam e a eles, na maioria das vezes, nos tornamos escravos. “Que diabo!”, “esse menino é um capetinha”, “vá pro inferno”, “eu sou o cão chupando manga”, “que desgraça!”, “que droga!”, “o diabo que o carregue”, “fulana é uma víbora...”, as costumeiras palavras nos deixam mais empolgados, dando-nos fôlego e sem perceber perdermos a santa paz que paira em nossos corações.
Comumente somos nós próprios que atraímos os maus fluídos para nossas vidas. As coisas começam a não dar certo por determinados períodos e não achamos explicação. O que pronunciamos pode causar estragos para a gente e para os outros. Em muitas discussões entre mãe (ou pai) com o filho, o que mais se ouve são os palavrões – o que gera a falta de respeito entre eles. Os insultos enfurecem aqueles que estão sendo agredidos verbalmente, desencadeando sentimentos, na maioria das vezes difíceis de controlar. Situações não muito diferentes acontecem com vizinhos, amigos, parentes, ou desconhecidos em qualquer ambiente. Não conseguimos parar, é mais forte que nós mesmos porque mexe com o nosso sistema nervoso. Perdemos a capacidade de controle, o uso da razão, a noção de tempo e espaço, e com isso criamos expressões e ditos muitas vezes jocosos.
Uma palavra dita sem pensar pode trazer consequências desagradáveis e ainda despertar algo mais perigoso: a ira e o ódio. A ira é um sentimento breve, enquanto o ódio pode durar até uma vida inteira. Apesar disso, num ataque de ira, somos passiveis de cometer erros até mais graves que as vinganças movidas pelo ódio, o seu poder pode estimular os ímpetos maléficos de uma pessoa, além de ser um dos sete pecados capitais.
A palavra tem poder, ela pode abençoar e amaldiçoar. Por isso devemos ter cuidado e medir o que falamos. O instinto é mais rápido, mas a sabedoria é a arma mais correta. Devemos usá-la sem moderação. Isso me lembra o trecho de uma música da cantora gospel Fernanda Brum que diz: “Então tenha, cuidado com sua boca, cuidado com sua língua, cuidado com o que falar. Então diga palavras de consolo, palavras que transmitam o amor de Jesus”.
Por Mônica Valle
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